Por VITAL CORRÊA DE ARAÚJO
“Primeiro encontrar, buscar depois”. Jean Cocteau.
Por VITAL CORRÊA DE ARAÚJO
“Primeiro encontrar, buscar depois”. Jean Cocteau.
Espere, leitora voraz, a cada hora
irromper a desmemória, a navalha
o breviário da espada, a loucura da palavra
espere outra aurora de ira e usura
Te amo como se aves fossem nuvens
ou céu intenso pássaro inapreensível
e o horizonte poleiro de luas emplumadas
Alberto Lins Caldas Poesia não é música, harmonia ou melodia, – não é canção, não é ritmo, cadência ou compasso, – não é tradição, não é costume, – não é língua nem linguagem,
A edição princeps de minha obra incompleta
não saiu do prelo, ficou presa, imprensada
na moenda tinta. Prelos se desentenderam
Leveduras de ser, vargens, vozes, veludos
vozerio de gafanhoto e navio
primaveras adiadas, lacustres andorinhas
A Nox
Que excremento medre
brote penúria
dia morra a noite enlouqueça
Não me entendam, por favor.
Se não me entedio.
Meus poemas não são pour épater... e nada mais.
Ou menos, tanto faz.
não é poeta, falo de V., o de único-conto que morreu ontem
e de seu oco-cântico, do seu canto estreito via
pela qual lhe lançou o mundo bastas ilusões perdidas
crenças assimétricas, visões rebuscadas em uísques baratos
O poema pode constituir, abranger, ser
uma mera e simples parcialidade
algo intranscendente que vele o real