a Cioran, o gênio romeno gaulês
Sonho com concílios de tílias
em calientes assembleias de chávenas
a Cioran, o gênio romeno gaulês
Sonho com concílios de tílias
em calientes assembleias de chávenas
Lua fria, ctônica, campestre
de pedra interplanetária, irmã esma
lasca de terra, seixo que rola, rocha flutuante
A fonte da poesia é o inconsciente.
Da bacia do id ela bebe.
E se embriaga delirantemente.
Só existe o sexto sentido. Além do sétimo, o sentido do poema absoluto.
Os famosos ordinários cincos sentidos servem a um fim falso redutível.
A palavra quer viver
sempre livre (em puro mênstruo de ser fruto divino)
fora dos dicionários, presa dos sentidos claros
dentro do poema, solta, alvo da metáfora
Cultivo beiras de abismo
e coleciono bordas brancas de precipícios.
Gosto de cremar cotonifícios.
Acredito no fogo de algodão.
Este texto escrito do pântano, dos brejos de Água Preta, à madrugada de 17 a 18/12/2015, trata da carência que enfermiza e infertiliza professores e que redunda em ato e fato de alienação literária, efeito sistemático da ausência de talentos, decorrência portanto de deficiente preparação.
Aos leitores, no âmbito da coluna Paradoxos e provocações literários, trago a questão do significado em poesia.
Rótula elege Capricórnio reitor.
Verdade especiaria rara no comércio moral.
Toda utopia é solitária.
A cegueira do ego só permite ver a si mesmo e a seu umbigo óbvio e às grades do inferno vermelho.