Amanhecer cálice lento
que esplendor percorre
como sombra
Amanhecer cálice lento
que esplendor percorre
como sombra
Id tudo sabe.
E pelo sonho torce.
À encarnação
ao logos feito carne
À luz das lâmpadas vazias
à luz de metano dos pântanos
assim que céu enlouqueça
Do silêncio das estrelas calmas
caindo de um céu aberto a perdão
estendido sobre páramo urbano (recolho)
À escrita poética simulacro do sonho
grifada da alma à tinta lábil
da pele rústica do homem impregnada.
Todo sabor é putrefato.
Todo saber é simulacro.
Um pouco de sono ainda
Contrario pendor neoparnasiano
vigente - e forte, capaz de fecundar
pobres-ingênuas mentes
Às fugas, traços, máscaras,
matéria-prima dos espelhos
verdades do rosto.
Epifânico e vil o poema. Caixa de incertezas crônicas. A ressoar impureza. Ninho de canto bursátil.
Nos campos de safira
pastoreio estrelas
com cajado de Gôngora