Afogue e ganso no hímen do abismo.
Venda a vida à vista, mas dê o necessário
desconto temporário.
Nunca esgane veia, nutra-a de etanol lírico.
Navalhas são lentas quando não cortam
e desafiam a afinação se ávidas
atravessam carnes inocentes. Saciam-se
melhor no córrego femural,
Rosa esquizofrênica brota
do jardim depressivo, e desodorece.
A noite cessa quando o sol começa.
Poema Absoluto é a sombra de palavra.
Na acepção junguiana exata projetada
da réstia do verbo da alma da página
engastada no ramalhete das linhas
inversas do verbo no leitor absoluto.
Músculos e óculos são proparoxítonos.
Busque do verbo ângulo mais inexato
impossível para moldar poemas
com cola da ígnea palavra.
Insira a raiz do verbo
na folha de cacto ou chá
e abra bem a veia áspera
que abrigou ou vingue o poema
e o aninhe no macio lenho da página
cerne que acolhe o poeta.