02
Sáb, Ago

Exala sórdido aroma

morte recente

e inunda ares triste

Há um bar onde a tarde ébria se arrasta. 

O aposento das sombras é branco.

                                    Vital Corrêa de Araújo

A poesia não é pele. É alma.

Não é para brincar ou parecer. É para ser.

Não é diversão, sorriso da sociedade, império

Perdera o domínio do coração das coisas

labirintos de nuas avenidas sua alma

O modo emocional de ver o absoluto

veio do sono aflorando dos olhos vagos

ouro sonâmbulo perdurado da pálpebra

 Poema é palavra

posta em cheque

desova de multissentido

                                                                                                 Vital Corrêa de Araújo

Desde que Adorno afirmou não ser mais possível fazer poesia depois de Auschwitz, aqui simbolizando o genocídio judaico da 2ª grande guerra do século XX, a pena hesita algo antes do poema.

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