Sibilas se alimentam de hibiscos.
E exalam profecias de acrílico.
Moiras nutrem-se de tâmaras desertas
Sibilas se alimentam de hibiscos.
E exalam profecias de acrílico.
Moiras nutrem-se de tâmaras desertas
ao meio-dia
Genitálias expostas
na praça púbica
Este é o poema visceral e inteiro
das prédicas mui transitivas
e do gosto ornamental, a terna veste
Baías se afogam no próprio estranho nitrato
musgo se engasgam com feldspatos
bombas bebem sais abstratos
perfumes endeusam átrio de narinas
De quando vieram as quimeras?
E os surdos decretos da ilusão donde brotaram
e quem levianamente os promulgou?
Sobre alicerces de ossos ergueram-se
palácios eslavos, edifícios de dor
solúveis topázios extraíram do enxofre seiva de pedra
abismos humanos edificaram-se enquanto signos
O ouro tornou-se noturno e doloroso
já escasseia sono nos olhos insano
enquanto a solidão se apura
De invisíveis dons prover a mão
que a pena envergue o mundo
(alveje escuro coração
Prece açoita orelha
boca acoita reza.
Noite não tem sentido
macula a voz com jorros
Do coração agreste das estrelas vem cor cósmica
eco cristalino da luz se esgueira
vem a sílaba da última ladainha
(uivo devoto que aviva a alma)