Por antros freáticos e cárceres cerâmicos
por pátios de mormaço e epistemologias vazadas
por zodíacos e epitáfios fui (e flui como um vômito)
iluminado pelo abandono coral
nervo da rosa expus à praça
brilho maçônico dos lençois obscenos
palpei como devasso
a que sigilo do viço não fosse negado
caixa de estrelas e víboras abri
a urna dos relâmpagos aberta como uma fêmea coxa cósmica
seus dardos sem ventre ou trégua me cremaram
morri como se me afetasse a ureia noturna
como se boceta dourada das galáxias me contivesse falo vital.
Como se de lençois nus alma ânus cobrisse.