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A oeste do paraíso, está a náusea

vigem subterfúgios, salamaleques balançam

e relógios vomitam horas ímpias e dolosas

a oeste do paraíso no labirinto de abelhas

infernais méis prosperam

e donzelas ofertam seus hímens a bancários.

A oeste do paraíso, as drogstores são tímidas.

Os rostos competem com cebolas

e trapos órfãos com lenços nostálgicos.

Trastes de seda e cós de filósofos

a oeste do paraíso são-nos ofertados.

A oeste do paraíso, balsas de desejo

margeiam o Siloé (e atravessam o escuro).

O organdi da mortalha não ilumina mais

o oeste do paraíso.

A oeste do paraíso, não se encontram

covas de Alibabá e jazigos de Notredame.

Ou camarins independentes do triunfo.

A oesta do paraíso, não há armazéns

difusos, nem lotação de cones infusos

ou colares resgatados de náufragos

dos transatlântico sem perdão.

A oeste do paraíso, nenhum leitor meu irá.

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Murilo Gun

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