A cor da covardia é política et poluta.
Águas tenebrosas que a secretam são velozes.
E a abissais profundezas de intensos vermelhos
e infernais se precipitam almas líquidas e de pecados
A cor da covardia é política et poluta.
Águas tenebrosas que a secretam são velozes.
E a abissais profundezas de intensos vermelhos
e infernais se precipitam almas líquidas e de pecados
Vital Corrêa de Araújo
Em toda a vasta antiguidade, levada pelos ventos mediterrâneos, ressoava a má nova e, respeitosos, gregos e romanos ouviam, impassíveis e doloridos, o grito que varria as águas e fazia eco nos velhos armazéns da alma: o grande Pã morreu!
Onde o verde das distâncias invencidas?
E o azul longevo dos longes de mim?
Quando Paulo Mendes Campos vê laranjais
de infindáveis doçuras geométricas...
Escrevi depois sobre estereótipos graxos
e pontos cegos e fugas cônicas além de agravos
regimentais e arquétipos antediluviano
escrevi sobre o poder branquial
Nobel ou ignóbil, ira é acadêmica, com aspereza.
Talvez francesa, brasileira com certeza.
Ira maior, a de Javé.
Nada fica em pé, quando Ele parteja.
O que sobre do barro, sombra
a carradas leve paulatina em breve
em inefável caravana por senda escura para
o túmulo do tempo em aleluia.
Isso não é um romance, um romance meio que instantâneo e sem causalidade física, psíquica, emocional, porém com complexidade extensa e dotado de particularidades excelsas. Caracterizado por singularidade absoluta.
Ira, mulher bela ferina
usa bondade do corpo
para ferir sua sina
nunca se apaixone pela ira.
O paraíso é lilás. Não é azul. Nem branco.
Seu portão (majestoso angelical) é de acrílico puro e
bem blindado: pelos três rios magnas minerais.
Tungstênio Baltazar, Urânio.
Por que escrevo (pratico, faço, urdo) poesia?
Porque vou morrer.
Faço, armo, crio, componho
poemas para quê?