Por que caminhos andas
percorrendo úmidas
ruas onde não passa lua?
Por que caminhos andas
percorrendo úmidas
ruas onde não passa lua?
Corça
e sua sombra
de ágata branca
pausa
Quanto a leitor de poesia absoluta, parafraseando o divino peripatético, o demônio estagirista, ele não é leitor qualquer, mas quem é cultivado nessa matéria. Isto é, leitor apropriado, não com o conhecimento de emoção, mas sim com a emoção do conhecimento advindo da ação (recepção) da leitura complexa.
Deste peripatético teatro de lógicas repulsivas
e ordenações histéricas banalizando o humano
animal mais em extinção que todos os outros
Latada de cidreira e o abraço da malva rumorosa
gerúndios de mostarda e batalhões
de camomila de guarda
na entrada do coqueiral à esquerda do riacho pendurado
quem veja chega a Roma (e ama).
Quem manipule a porcelana do pesadelo
não sonhe mais com cerâmicas castas.
Meu corpo mergulha profundamente
em árduos rios de glicose e palavras
está cravado meu corpo sobre temor
sobre cântaro de eco quebrado
1.No fim? Nada!
2.Vê esse musgo, amiga
(a crescer sobre meu túmulo)
vale mais do que eu.
Está vivo!
Todo o imóvel, o carnal, todo o ácido
e seus lábios pesados
todo o imigo rumor e o cárcer
onde mártir se preserva
Poesia está em não dizer
no arredor do silencio
na placidez do bismuto
no arrolar da imagem