Meu condado não é de pedra nem lata
é do alumínio da alma.
Verbos perderam entranhas.
Conchas, sereias, afrodites se foram.
Eflúvios pereceram com os rios de azeite prata.
Turíbulos cegaram.
Laureis enlouqueceram.
Onde o sol deixa sua mancha de sombra.
Uiva a verdura cega sob auge sádico de sol.
Reflexos de água ígnea se esvaíram.
Não há mais eco ou lamúria na nuvem do mundo.
Só o mar onde cava a onda
ao som do vento ardendo
e ilhas de náusea se amasiam
a víboras de água
e comungam sangue de guitarra
seda de lascívia
bordado de lepra
e renda de cansaço.
{jcomments on}