Se sou sua pária, não sou ímpar.
Ou pária ímpar.
E Pascal, que topou com vácuo total
e sob o peso do cosmo quase ruiu
e ante o grotesco do céu infinito
apostou em Cristo.
A escolha de Pascal foi uma apostasia.
O problema não são as rígidas e pífias
convenções literárias, os códigos
métricos e tais que desprezam os fatos, o
problema maior e grave é o que está
por trás e municia o conservadorismo
estético a toda prova, as bastilhas
ilibertadas e os bastiões reacionários
ditando há 130 anos as modas e
os limites da poesia.
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