Encontrei minha consciência solitária
estava sem rumo embriagada
com olhos sem carne postos ao norte
Encontrei minha consciência solitária
estava sem rumo embriagada
com olhos sem carne postos ao norte
Êmulos da luz, cativamos o escuro
a peleja do espírito tem cor cinza.
Do sólido ou do jugo gozamos juntos.
Como sair da ilusão? Pague!
Rompa a catraca da imaginação.
Retores adoram licores.
Desertos espaços sem nome ou corpo erravam
quando ainda nenhum deus tinha sido criado
do caos, reinava o inaudito, a incerteza plena
Nesse jardim esmaecendo ainda
rosnam rosas sonhadoras
e flores arrulhando esparzem
Recife, cidade sem corpo
só pedra e ri
e plumas de cães sorrindo
Resvalo pela tarde como o cansaço
na piedade de um declive
cruéis fragmentos de abril
O cometa Halley é careca.
Suas ilusas madeixas, se
algum vestígio deixa, são comas
Mas eis que as coisas se povoam de deuses
usina de pandemônios desatada
dínamos insones, máquinas sem nome
A terra exige seus direitos (alienáveis)
apregoa a pregadores suas mazelas
desola Eliot