Às moradas da noite irás
de sua seiva-greda embriagada- provarás
das nascentes da morte vens
Às moradas da noite irás
de sua seiva-greda embriagada- provarás
das nascentes da morte vens
Célere Teseu foge de Ariadne
fio do destino roto
à procela do amor abandona
A poesia de Holderlin é um devir perpétuo (dixit mestre Jean Baudrillard).
De invisíveis dons prover a mão
que a pena envergue o mundo
(alveje escuro coração
Que o velem as leves oliveiras (mesmo que já lívidas)
e logo agonizante azeite esgote
que incensos noturnos avivem seiva moribunda
Busco arquétipos do teu olhar no céu do sul
na revolta das águas do mar rosto perdido
liça encapelada do sorriso nos dentes belos
Este é o poema visceral e inteiro
das prédicas mui transitivas
e do gosto ornamental, a terna veste
Violações (sérias ou não) da correção gramatical são repulsivas – com exceções (eventualíssimas) de ocasionais licenças poéticas raras e puras,
Cinza do estribilho recolhido
do último canto do mundo.
Num lume insiro verbo e mangue.
Eliot dixit: O principal numa obra de arte (in casu, obra de arte literária) não é o que ela diga, signifique, mas o que ela faça (de si e do outro).