Pelo Orco abisso se esgueiram
sombras e sombras de sombras
as pobres sombras dos homens.
Pelo Orco abisso se esgueiram
sombras e sombras de sombras
as pobres sombras dos homens.
De pão e vinho vivem os anjos
do céu barris ocupam a mesa de Deus
lotam as dispensas mais altas.
Por encruzilhadas, não se deixe esganar
leitora tola. Mas, as vergue, desmanche.
Não dê as costas a escombros.
A melancolia realmente é de cimento. Não exagero.
Juro-o, pelos vãos exangues do céu. Sigo os ângulos
exilados e, do vértice do nojo à seda do prisma, fico
“Pelo eco da tarde e baixinho
soam nos juncos flautas do outono
sombras de bosques vermelhos ressoam
O ato de comprar é universal, metafísico, direto.
O ato de produção é ontológico.
Vende-se antimorte garantido
Pesadelos sublimes da palavra
ruptura e menoscabo.
Ruptura dos nexos da gramática
Velório não precisa ser belo
basta ser triste
(embora a beleza do fúnebre
As sombras deixavam seus esses espalhados
na palha das rimas fugitivas enquanto
o silêncio fluido dos is sem pontos
Das aljavas zens saem setas
armadas de lentos lilases.
Das ogivas vãs potes saltam