Atravessei celibatos de abelha
o cálcio do coração demoli
no périplo sem limite de palavras
pela espessura intuitiva do verbo lâmina intrometida
enlouquecendo preso a hospício da página
a delirar como a infância ou o beato
púlpitos de criolina venci (domei andores de ira)
com ataduras e fêmur de esperança
adentrei imperdoáveis fronteiras
desdenhei gramáticas obrigatórias
ladainhas severas e adjacências
venci em nome da liberdade da poesia
acordei fosfatos e líquidos cânions
despertei conicidades e verbal absurdo
com a voz do duodeno triste
(de um vasto duende a vertigem).
(Após o jogo Brasil/Croácia pleno de vodka no Retiro)
- O pântano d’alma cultivei
subjuguei o espírito da palavra.
Até que o ânimo desertasse...