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Sáb, Jun

Poemas de Outros Poetas
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convergências & dissonâncias.

Jomard Muniz de Britto, jmb

 

Antes, desejo reconfortante de citações.

Agora podemos avaliar o citacionismo

enquanto morte da pós-modernidade.

Sem luto nem compaixões. Sem ilusões

das  altas censuras monetárias.

 

 

Nosso século XXI continua mais do que

abalado com o era o dito.

Erudição que pode ser desdita e talvez

maldita por bandido intelectualismo.

Ou cognitiva precariedade.

Toda vez que a citação se torna e retorna

argumento de autoridade,

instituição inabalável decaindo sobre nós.

Todos incuráveis da contemporaneidade.

Por isso a carência de baladas pelos

entrelugares da leitura em interpretações

compartilhadas. Convergindo e divergindo.

Redes sociais entre mediações do ver,

pensar, discutir, experimentar discursos

e outras retóricas do sim ao não.

Tentar jogar economias criativas no fluxo

das economias malcriadas, insubordinadas.

O que nunca foi nem será facilitador.

Situar algo de panfletário nas redes

atentando para as grafitagens ao redor.

Talvez o movimento RECIFUSION seja o que

resiste de EX-PERI-MENTAL no Recife

transtornando-se em Sampa TRANSbaladas.

O que restou do perspectivismo indigenista?

Muros citadinos transbordando linguagens:

impressionistas, expressionistas, bossas

poderosas, concretudes, hipertropicalismos...

Do infinito jamais definitivo de outro

escrevivendo ao infinitozinho dos signos.

Do vampirismo vampirizado pelo impróprio

talento ao “vandalismo” desafiando

corrupções generalistas.

LAERTE não mudou o nome, mas conseguiu

abalar nossas convicções em louvor dos

horizontes da pansexualidade.

Empatia, simpatia relacional, na BALADA

dos distanciamentos linguageiros...

SALVE-SE QUEM SOUBER ABALAR-SE.

Recife, novembro/2013

{jcomments on}

Murilo Gun

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