Este livro chama-se Inventário de prosa (se tem um ou dois poemas são prosacos).
Inventário não no sentido contábil ou notarial. Se há nele mercadorias são de palavras ou bens são verbais. É inventário no sentido de tulha ou talhas de invenção. São coisas de prosa inventadas. Próprias de meu estilo de escritas.
Se são ininteligíveis, como meus poemas, não o sei, talvez. São escritos não guardados no passado ou atentos ao presente. Mais para além.
Criam movimentos, lançam manifestos, açulam a calmaria literária, admoestam (ou mesmo espancam) a tradição. Os vários movimentos que criei e participei, tais como, Poetas da Rua do Imperador, Poetas do Porto, Geração do Pátio, Poeteiros do Pátio (bloco de carnaval), Clube dos 13, Janela de Amsterdã, Poetas do Beco, Quarta-às-Quatro, Mandíbula Eleta, Centro Cultural Vital Corrêa de Araújo, Poesia Absoluta, são de certo modo refletidos e expandidos. As revistas (Papeljornal, Singular, Única e Urubu) que criei, em 2013/2014, e a jornada ainda em curso de editor, editorialista, jornalista do jornal centenário O Monitor, do amigo uisqueiro e primo Osman Holanda Cavalcanti de Garanhuns (somos uiscólatras) também encontravam bastante eco neste Inventário.
Lugar de destaque para o Retiro das Águas, utopia ecológica em andamento, à frente o “rei” da Mata Sul; Prof. Rodrigues, império de selva atlântica, que conta com três assessores especiais: VCA, Coronel e escritor Reginaldo Oliveira e o jovem Valter Portela de Palmares, sócio do também palmerense Ferreira, dono da Bagaço. Aqui e no Castelo do Magano Cantes no Mosteiro de São Bento, do prior Dom João Batista, em Garanhuns, escrevo meus livros, revistas, jornais. E na minha cabana de bambu sobre um pântano (o brejo da zona rural da Mata Sul) estão o timão e o portulano da escrita criativa (que Murilo Gun, meu filho mais jovem teorizam).
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