Chomsky, o grande linguista americano, que sigo como uma sombra, afirmou o poder do significante, O que causa pasmo em tantos que só têm consciência do significado das coisas. As palavras para estes voam. Fica o dito. Escrito. Movidos pelo aspecto de usura e pressa. Imediatistas irreflexivos. Ainda em processo pleno de hominização mental para o estado final de Homo “Sapiens”.
De uma limitadíssima quantidade relevante de signos (sem significação: letras, fonemas) brota um número ilimitado de significantes (palavras, frases em fúria acasalatória, combinando-se aleatória e multiplicadamente).
Esse processo de incessante núpcia de palavras (independentemente de sexo e sentido) torna-se algo complexo e alarga o finito a beirar o infinito.
A língua que foi feita para nomear, escolher, identificar, registrar a referência. O objeto (coisa ou homem) tornou-se linguagem.
Do conflito com o referencial brota a metalinguagem. Que dispensa a referência (desprefere mesmo). Pois tem como referências apenas – e modo, a própria linguagem – escrita de preferência.
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