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Sáb, Ago

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DO ACASO DE UM SINTAGMA À NECESSIDADE DO POEMA ABSOLUTO

O acúmulo de quase cem anos de poema de poeta, isto é, a multiplicação quase infinita de poemas de baixa qualidade (e alta quantidade, binômio, que, de tanto destroçar a poesia, possibilitou um salto qualitativo, que a elevou do baixo nível elementar ao altíssimo âmbito absoluto.

Urgia a necessidade evolutiva, a salto quântico, sem desenlaces aparentes ou sucessão clara, sem regiões meridianas de trânsito. O abrupto, o impulso pulsante, a mudança sem tréguas ou passagem dinâmica foram característicos desse salto da poética agora.

Os acontecimentos culturais, que implicam evolução, como, in casu, da poética do século 21, acarretam bravo sofrimento da alma conservadora que é marca peculiar do Brasil. O nosso caráter nada cortês: racista e amachizado.

A dor conservadora, quando há ou se aproxima de haver uma mudança (política, econômica, cultural), é intensa e extensa, igualmente.

Esse acontecimento singular da poética absoluta – conf. teoriza Sébastien Joachim, Admmauro Gommes e Rogério Generoso – vai sobrepor-se ao basto conservadorismo e em pouco empolgar, tornando-se o ímpeto criador absoluto mecânico e facilmente replicado, porém com dotação de alta qualidade. Isso já se observa em dezenas de poetas novos da Mata Sul de Pernambucano em torno da usina de produção de poetas absolutos, a FAMASUL.

É o que em dialética é traduzido duplamente: salto de qualidade e trânsito do acaso à necessidade.

Operar sobre palavras ao acaso, ao esmo criador, é vital à evolução aqui desenhada.

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Murilo Gun

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