Todo fervoroso inverno
ronda corpo tua concha (rósea)
mutilarei com o alfanje macio do lábio
porque morro de tua sede
de teu louvor frio ao coração vivo
fruo de ti certeza da solidão
e da saliva do amanhecer hauro
teu fervor inteiro
livor de marfim e abeto
sanas de teu beijo e ágios
às finanças do ser beberei
porque tuas pétalas de palomas ganhei
e me alimento do lampejo descuidado do teu olhar.