Entrar na noite, sondar seus danos
púbis dos escombros escandir
e alimentar incêndios noturnos
As fauces do futuro tocar, povoar silêncios e claros
habitar halos, átrios principescos ouvir morrer
à sombra octaédrica dos palácios náufragos
à beira dos faustosos abismos se saciar da vida
a beber cerimônias e cansaços
do cálice das usuras líquidas
a baús olorosos de suspeitos armazéns
oferecer o dom do sossego
de adegas tintas rutilantes embriagar-se
de igrejas abarrotadas de fiéis dizimados fugir
ir à busca do último alento da narina no rosto inchado
após acender candelabros de cedro ao diabo
e avivar a verdade escura, além, muito além
de iluminar de acetileno santo
a alma dos sonâmbulos.