Não sou poeta por quê? Por ser.
Não sou poeta porque não quero o ser
tal o qual não sou poeta por principio.
Não sou poeta por quê? Por ser.
Não sou poeta porque não quero o ser
tal o qual não sou poeta por principio.
V. não é poeta, falo de V., o de único-conto que morreu ontem
e de seu oco-cântico, do seu canto estreito via
pela qual lhe lançou o mundo bastas ilusões perdidas
Humanidade extraída da dor
que humanitários conspurcam.
Energias telúricas ociosas
A metáfora busca a alteridade do signo.
A decuplicar o significado.
Tem a metáfora intenção de fraudar a palavra.
“Eu anotava silêncios (passeando pelo acaso).
Noites e sensações cinzentas, fixava (no ocaso).
Meio-dia de água. Tarde de pedra.
A cada declive do mar melhor se afoga.
VCA empresa de desconstrução
Até quando, ninguém me quer?
Hasta quando me quererão.
Cacho triste e côncava sombra
A burrice imaginal estanca a poesia.
Sempre perto dos sentidos, longe da poesia.
Não faço pose de incompreendido
Não me fale da vontade da palavra.
Ela vale tudo o que não seja mesmo nada.
Absoluto, é poema destituído de nervos
Um cão abunda no mundo só
entre aparas e arestas de lixo
enquanto jorra alto odor de calmo licor