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Sáb, Maio

destaques
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a Rosa que morreu sozinha

A Rosa, rosa que jamais murcha

rosa que ressurge da tênue

cinza de um domingo.

Que caminha lenta pelo sábado à tarde

tarde que detém o tempo

por alguns ínfimos segundos

rosa que foi às tertúlias da lua

no outro lado, e não voltou a tempo

de saber que somos eternos em cada tarde

e que sob tenda dos sábados sabemos tudo.

Sabemos que rosa se foi, deixou a árvore

se desfolhou ao vento de Boa Viagem

canto atlântico onde ela singrava

nos mares da calçada

atravessada de ruas e das travessuras

de seu cigarro, companheiro e destino.

 

 

Murilo Gun

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