Como Anacreonte
quisera ser sandália
para viver a teus pés
ou túnica para que me vestiras
sempre nua em mim.
Quisera sempre as carnes
eloquentes de tuas ancas cambiantes
cúmplices de meus turbinados olhos esgazeados.
Que teu ser fosse eu... e em mim
de teu gozo sempre desfrutasse
que teus seios vivessem
de minhas destras e eretas mãos
e os mamilos como ovelhas ou mesmo milhos
das colinas (ou galinhas) de Cedar
mordessem os meus dentes.






