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Dom, Ago

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Côncavos ecos brotam de búzios cristalinos

infinitesimais delírios aliados a náuseas

do espírito com lapsos de loucura se irmanam

lugar geométrico da vida.

 

Silêncio se acumula nos ossos.

 

O eu é o elo do si com o outro.

 

Ecos do infinito capto

dos estertores da eternidade.

 

Edifícios de ar se quedam

do chão dos homens.

 

Enraízam-se do ar árvores de fogo.

 

Meus olhos inquietos sentem

a presença física do apocalipse.

Pássaros se avolumam em voos suicidas.

 

Das águas ágeis e lascivas de Dioniso

brotam sobressaltos e poemas íntimos.

 

Da pétala do tempo (flor transitória

como a breve rosa e a vida plena)

aberta em sombra e lábio, busco

desentranhar o grito presa da alma

do corpo escravo e senhor rápido.

 

Urro de ferro fende muros e corações.

 

Gomorra ama Sodoma.

E contraem núpcias apocalípticas.

 

Vendo em gotas orvalho

para uso culinário.

 

Gotas de luz de Mercúrio

saciam sede de Saturno dos anjos.

Os olhos de relâmpago são de ouro avaro.

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Murilo Gun

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