Do sonho teço árdua e ominosa arquitetura da insônia, suas escadarias curvas e tênues vestíbulos escuros,
ávidos, imprecisos sempre presente em cada átimo cru de tempo, corredores sem rumo, cernes esparsos de labirinto, refeitórios enfumaçados como alamedas londrinas, salas de estar convulsas, quartos equívocos de outubro Wcês sem adjetivos, ampla e fina suíte e onde mudas depredações, atrocidades, tumultos mutilados, vênus de milho, camisas de tergal molhadas, sêmens plásticos volúpias de vinil enfadonho, crupiês falidos, garoa de piedosas madrugadas parisienses, impassíveis anúncios, cios mortos out-doors gelados, bisões minados, sombras de amebas, muletas para plutocratas com descontos prévios e pregos. De súbito, invadiram o sonho do poeta que dormira a custo de simpáticas pílulas por Morfeu inventadas. Lá dormirá a custo.
{jcomments on}