A burrice imaginal estanca a poesia.
Sempre perto dos sentidos, longe da poesia.
Não faço pose de incompreendido
A burrice imaginal estanca a poesia.
Sempre perto dos sentidos, longe da poesia.
Não faço pose de incompreendido
Humanidade extraída da dor
que humanitários conspurcam.
Energias telúricas ociosas
Não me fale da vontade da palavra.
Ela vale tudo o que não seja mesmo nada.
Absoluto, é poema destituído de nervos
Um cão abunda no mundo só
entre aparas e arestas de lixo
enquanto jorra alto odor de calmo licor
Meio-dia de água. Tarde de pedra.
A cada declive do mar melhor se afoga.
VCA empresa de desconstrução
A metáfora busca a alteridade do signo.
A decuplicar o significado.
Tem a metáfora intenção de fraudar a palavra.
Verão perambula no corpo
sepulturas cercam o coração.
Peregrina lágrima ao olho consola
Sabia do defeito original do poeta ao versejar descrevendo coisas, objetos, sensações e sentimentos.
Até quando, ninguém me quer?
Hasta quando me quererão.
Cacho triste e côncava sombra
Da queda ou da peida
do horizonte se faz o poema
da melancolia da lua também