Não é uma construção formal nem artesanal, algo de hábil lavor e formas inquestionáveis, exatas como uma bomba A.
DA MORTE DO NOME
Das vagas do incógnito, de inúteis nadas
de cifras vazias e teoremas esquálidos
de álgebras destroçadas do abdome do exato
EPISÓDIO
De pão e vinho vivem os anjos
do céu barris ocupam a mesa de Deus
lotam as dispensas mais altas.
SÓ AS PAREDES CONFESSO
Pertenço a algumas academias de letras (pois são quase infinitas), embora me seja impróprio frequentá-las em face de viver em modo solitário.
RESPLENDOR MORTO
Todo látego não tem luz.
Música apocalíptica é maiúscula.
Como luz de círio despedaçada.
POEMA CAPTADO DAS FALHAS DE UM ALFARRÁBIO NOVO
As sombras deixavam seus esses espalhados
na palha das rimas fugitivas enquanto
o silêncio fluido dos is sem pontos
SOLIDÃO EM AÇÃO
(Junte sua fértil solidão a outras)
CÉU ALÉM DO ALCANCE
O céu continua sem fim.
E inalcançável. Assim.
Vim da boca de todos os abismos.
GUSA E VISÕES EPIFÂNICAS DA PALAVRA
aos cajus do olhar
Amanhecer amarelo não temo
do olho ágil do crisântemo
CREIO NO MERCÚRIO
A melancolia realmente é de cimento. Não exagero.
Juro-o, pelos vãos exangues do céu. Sigo os ângulos
exilados e, do vértice do nojo à seda do prisma, fico