Rochas circulam em meu sangue
de cães raivosos, as pétalas sabem
das rosas mais urgentes
que gritam em minhas veias
jazidas de urros ou jardas de silêncio culpado
não acalmam o mundo
nem os suplícios ou as paredes impedem
as devastações humanas
só as almas aos borbotões
ou as adormecidas mucosas do tumulto
hão de levar a verdade ao homem.
O saibro do espírito feito de lua
e lenha da lei de Deus
o lume da água, a seiva da dor
o barro do verbo hão de fazer
a humanidade sonhar de novo
a Marx e Engels