Essa filosófica pergunta
tento responder desta página.
Venho de obstruções do instinto
e das intestinas sedições do tempo.
Venho de rebelados portos e lápides insepultas
a que a palavra me obriga e prima.
Venho das revolutas veias do meu verbo
e das intransigências lisérgicas da vertigem.
Venho de unções devotas, cabisbaixas réstias
e unguentos desalmados.
Venho de insinuações senis
e nuas aquiescências
e do insano que a palavra aprimora
e das suínas situações da vida postas sem trégua.