O texto literário tem uma estrutura composta de regras de comunicação (expressão) que produzem níveis de informação não transmissíveis de outro modo.
Daí, não ser possível traduzir um poema em prosa corrente, lógica. Poema parafraseável não “contém poesia”.
O verso é a unidade-base (a célula mater) do discurso poético e não é (nunca, jamais) definível por uma constante rítmica, sintática ou entonacional. A isorritmia, a isotonicidade ou isossintaxe não passam de convenções de época. (Embora, no caso do Brasil, a “convenção” tornou-se regra).
A função do poema é ser percebido em forma opositiva à prosa. Nessa “diferença” da prosa reside a essência poética.
{jcomments on}