Sylvia Beltrão/São José da Coroa Grande (PE)
As palavras azuis quase sempre são breves, mas se atraem de forma magnífica, provocando significados surpreendentes. Em apenas uma frase dá conta de todo o recado. É uma incansável luz no vale da sombra que conduz a acendedora de lampiões quando está sem luz própria. Mostram a saída do cruel labirinto humano. Provocam o mais sincero e intenso sorriso: o interno.
Elas me desafiam de uma maneira única: perco o sono, mas ganho experiência. Conseguiram me provar que insônia não é lá uma coisa ruim. São mágicas! Possuem fórmula específica para cada pessoa como um medicamento de manipulação. Curam enfermidades da alma em dose única. São extremas: Valiosas e gratuitas! Dessa forma, contradizem o dito: "Se conselho fosse bom, não se dava, se vendia!"
Felizmente, tenho algumas delas na minha Mistura Heterogênea e com muita honestidade afirmo que gosto mais delas do que todas que saíram de mim para esta mistura.
Certa vez, Admmauro Gommes me disse: "A autora de um livro pode tudo!". Partindo dessa premissa, confesso que tive vontade de fazer do prefácio a capa do meu livro. Tenho algumas delas como verdadeiras láureas que nenhum curso será capaz de me proporcionar ao longo da minha existência. Isso é uma certeza, e há quem diga que na vida, a única certeza é a morte. Discordo! A palavra azul que mais "admmiro" é néstogas, vejo o "s" final com uma pluralidade de significados estupenda.
As metáforas azuis de "Caçador de Palavras", foram escritas com um fuzil... azul! Coincidência? Não! Elas não existem! E foram justamente as palavras azuis que me convenceram disso.
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