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Dom, Jun

destaques
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Olho o copo de vodka e sigo o caminho do lábio

ávido linhas afora inumerável e uno, vital

e sempre desrumo em frente.

Me aviça o texto escuro, que é vivo:

pleno, aberto, como RIlke o sabia.

E me disse na iniciação poética do

livro das horas. Irrevogáveis.

A noite não é a morte

a morte é o dia e começa na manhã

seguinte e dúbia. A noite

cuja luz é suficiente à alma anima.

E derrama os mistérios todos

da bacia da página (que não morre).

Sem solidão, não há poesia

porque a solitária noite ensina

seus ouros e nortes, seus orientes cinzentos

e errâncias límpidas, que é o caminho

da poesia.

Murilo Gun

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