Por que escrevo (pratico, faço, urdo) poesia?
Porque vou morrer.
Faço, armo, crio, componho
poemas para quê?
Para me compreender
nunca para ser compreendido.
E o leitor? Ele que se rale. Quero
que leitor meu sofra e não dou a mínima, nem
sequer penso nele (nesse tal leitor
o que é isso?) quando poemo. Pois só
penso em mim, não penso em ti, leitor
tolo, hipócrita leitora.
Afinal, detesto leitor!
Por favor, não me leia.