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Vital Corrêa de Araújo

A União Brasileira dos Escritores de Pernambuco – UBE-PE – nasceu a 17 de janeiro de 1958 (ano da eleição de Cid Sampaio para o governo de Pernambuco). O pai foi Paulo Cavalcanti e o parto ocorreu nas dependências da editora O Gráfico Amador, de Gestão de Holanda, na rua Amélia.

 

 

A UBE foi produto da transformação da Associação Brasileira de Escritores – ABDE – entidade criada em 1945, com seccionais em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.

Abelardo da Hora, o poeta e artista plástico avançado, criador do atelier Arte Moderna e do ambiente que propiciou a geração de movimentos como o Movimento de Cultura Popular e e Teatro Popular do Nordeste, foi presidente da ABDE, que contou com a participação de Paulo Cavalcanti, Carlos Pena Filho, Parmínio Asfora, Maurílio Bruno e Clóvis Melo (filho de Mário Melo).

A ABDE sofreu cisão profunda em 1950, o que levou Paulo Cavalcanti a criar a UBE, e assim recompor a unidade fragmentada dos escritores. Daí a denominação “União”. A UBE de Pernambuco foi criada nove meses antes da paulista.

Carlos Pena Filho foi aclamado presidente da Assembleia Geral e organizou os eventos que constituíram a primeira Diretoria eleita: Paulo Cavalcanti – presidente, Carlos Moreira – 1º vice, Cesário de Melo – 2º vice, Mauro Almeida – 1º secretário, José Gonçalves de Oliveira – 2º secretário, e Edmir Domingues – tesoureiro.

Foram fundadores da UBE, além dos nomes da 1ª diretoria, Olímpio Bonald Neto, Carlos Pena, Audálio Alves, Renato Carneiro Campos, César Leal, Lucilo Varejão Filho, Jefferson Ferreira Lima, Clóvis Melo, Abelardo da Hora, Aderbal Jurema, Gilberto Freyre, Nilo Pereira, Flávio Guerra, Orlando Parahym, Laurêncio Lima, Vanildo Bezerra, Paulo Craveiro, Esmaragdo Marroquim, Ladjane Bandeira, Hélio Feijó, Margarida da Hora, Rui Antunes, Carlos Duarte, Marcos Vinícius Vilaça, Gilvan Lemos, Luiz Marinho, Gastão de Holanda, Alcides Nicéas, Amaro Quintas, Joaquim Pimenta, Jarbas Maranhão, entre outros.

Destroçada durante o período da Ditadura de 1964, a UBE ressurge das cinzas, refundada em 1984, pelo bravo intelectual Paulo Cavalcanti, novamente seu primeiro presidente.

Fui indicado por Paulo para o cargo de Diretor Secretário na primeira gestão da UBE renascida 20 anos depois de destruída. Vasculhei cartórios de registro e encontrei os Estatutos. Haviam sido queimados com todo o arquivo da entidade pelos esbirros da ditadura, com medo da palavra brasileira. Na segunda gestão de Paulo Cavalcanti, fui eleito Tesoureiro da UBE.

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Murilo Gun

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