Assisti a reunião do último sábado da Academia de Letras de Garanhuns, que deu posse a mais três acadêmicos. Inclusive, participaram Osman Holanda e Aristóteles Bastos que peticionaram ao presidente, documentos protocolados devidamente, solicitando retorno à condição de acadêmicos, e, ao que foi dito, nenhum deferimento foi dado. O que é estranho, pois devia nessa reunião já acatá-los como membros ativos. Vai depender, disse o presidente, de reunião do Conselho. Quando? Seriam, quem sabe, expedientes antidemocráticos para evitar votos contrários na eleição (ou reeleição sucessiva do atual presidente que ocupa o posto há 22 anos?).
Ele, o presidente, estranhamente, começou a reunião dizendo que se trata de posse e por efeito não seria permitida a palavra de nenhum acadêmico. É que estavam presentes Givaldo Calado (querendo falar), o romancista Maviael Medeiros, Cibele Medeiros, Antônio Vilela historiador, Antônio Cândido, Professor Carlos Guedes, pró-candidato à Presidente da Academia, entre outros, todos com intenção de se pronunciar como acadêmicos (alguns suspensos em decorrência dos Estatutos que considero ilegais). No entanto, o presidente não respeitou a própria e estranha norma de emudecer os acadêmicos, e falou pelos cotovelos. Inclusive criticou os possíveis acadêmicos que atacassem a Academia (isto é, o presidente atual...). Em resumo, a ALG é Academia dos Mudos? Onda inovação: com o novo(?) estatuto, o número de cadeiras passou de 30 para infinito. Sugiro, no mínimo, ficar em 150ml.
Por fim, o dito presidente afirmou que ampliou o quadro acadêmico, só neste ano, para mais 8. Porém, a pergunta que não quer calar é: e quantos foram cassados? Ou suspensos (o que é o mesmo), superando o número de entrantes.
A defecção nos quadros da academia em 2013 é grande, grave e inédito em academias do mundo todo. Osman Holanda, o Deputado Fernando Ferro, o arquiteto e cronista Aristóteles Bastos (que pediram afastamento) e mais cerca de 8 ou 10 foram suspensos, por portaria da atual presidência (entre eles, Maviael Medeiros, Antonio Vilela, Ivonete Xavier e outros).
Na reunião de 26/10/13 (a terceira das três últimas) da Academia de Letras de Garanhuns, continuou o espetáculo antidemocrático de sempre, com a mesa composta pelo Presidente, Manoel Neto Teixeira e Valdir Marino (e Wagner Marques, secretário destituído) impedindo sistematicamente a fala dos “acadêmicos de oposição” à presidência. Em determinado momento, o Professor e Acadêmico Carlos Guedes (candidato à presidente liderando a oposição democrática) pediu a palavra, e o Presidente da ALG negou-a. De súbito, Osman Holanda Cavalcanti que estava presente (na condição ainda de não acadêmico, pois solicitou o retorno embora sua petição não fora despachada, posto que ele, Osman, seria mais um voto de oposição ao status quo reinante), Osman de súbito levantou-se e veementemente, no velho e bom estilo de impor o justo, exigiu da mesa a concessão da palavra a um acadêmico, no caso Carlos Guedes. Daí, foi possível outros (de oposição) falarem, deixando de ser Academia dos Mudos, como na reunião anterior. No entanto, atitudes-títeres continuaram. A Mesa proibiu palmas, manifestação imemorial e comum e normal de um auditório exercer o direito democrático de aplaudir algo. Posteriormente, a mesa, por ação do presidente, tentou expulsar da Academia os não acadêmicos, visitantes, pessoas que assistiam à sessão. No caso, sairiam do recinto acadêmico, por exortação febril da presidência, Osman Holanda, André Castro (esposo da acadêmica Cibele Medeiros), Augusto César, editor de fato de O Monitor, e Vital Corrêa de Araújo. O que não aconteceu por absurdo dos absurdos antidemocráticos que tal atitude representaria.
A chapa da situação foi impugnada pelo fato de um dos quatro nomes que a compõe ser inelegível, por questão de frequência. Outro nome da chapa, para reeleição pela 12ª vez do atual presidente, no caso, Manoel Neto Teixeira pediu para se retirar da aludida chapa. Em face da impugnação, como o prazo de registro esgotou, criou-se um fato novo, cabendo ao Conselho Deliberativo, presidido pelo jurista Manoel Neto Teixeira, deslindar a lide e estabelecer a verdade, com plena imparcialidade.
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