Poiesis(sentido etimológicoàpoieoo (grego)
significa fazer, fabricar.
A estrutura discursiva da linguagem referencial
(a dos contratos e negócios amorosos ou não)
- que deriva da infraestrutura econômica ou da sobrevida humana
predomina. E contamina (efeito marginal)
a linguagem poética (original). Corrompe. Deturpa.
Só a poesia salva. O ser humano essencial.
Cheia de nexos, vírgulas (de quês, de forma, assins, comos, entões e portantos), poluída de conectivos a ir redundando-se numa orgia descritivista, numa aventura de rotinas e lugares comuns, atrasada, quantitativa, imitativa, mesmo patativa (musicalizada nos galhos e folhas das rimas orgulhosas) a poesia hoje é pálida filha do ante(e anti)moderno poético, é fruto de tradição esclerosada. Quando (e desde Holderlin) devia ser rosada, expressionista; devia incorporar, concentrar, manipular, conlevar, confraternizar, aproximar a desordem, o caos, a entropia, a purgação, o futuro do ser humano.
A ilinearidade (ou inelinearidade), o fragmentário íntegro, a geometria ébria da palavra, a usina do verbo em plena explosão criadora são alicerces dessa nova velha poesia (pois no BR atrasou cem anos). Está-se na era do Verso de barro. TD.
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