à sublime dissonância da palavra
Forças passionais urdem na página
debacle da alma expõem
à sublime dissonância da palavra
Forças passionais urdem na página
debacle da alma expõem
A ânsia do barro da vida avança
sobre rosto arroga sua substância:
de medo e certeza mescla
DO ACASO DE UM SINTAGMA À NECESSIDADE DO POEMA ABSOLUTO
Do coração agreste das estrelas vem cor cósmica
eco cristalino da luz se esgueira
vem a sílaba da última ladainha
Beleza é Verdade. Verdade é Beleza. Poesia é verdade. Goethe e Keats. Quanto mais se adentre na beleza, mais faça sua, mais submirja a vida e a veia na beleza,
Um livro chamado de poesia não é um livro (a não ser que não seja de poesia, embora colete poemas).
Em Alemão, id é “das es” que significa isso ou aquilo.
Passam esperanças como baronesas
na roda lenta da enchente
como nomes cravados nas lápides urgentes
Baías se afogam no próprio estranho nitrato
musgo se engasgam com feldspatos
bombas bebem sais abstratos
E.M. Cioran
Quando se chega ao limite do monólogo, aos confins da solidão, inventa-se — na falta de outro interlocutor — Deus, pretexto supremo de diálogo.