Preciências dos seios, mãos
que se irmanam para medi-los
pegá-los como a um galo de carne
que cante entre os dedos
Preciências dos seios, mãos
que se irmanam para medi-los
pegá-los como a um galo de carne
que cante entre os dedos
Poesia não é... dizer... ou
querer dizer.
Se apenas a palavra diga queira ou não
não é. Pois a palavra diz queira ou não.
Admmauro Gommes,
poeta e professor de Teoria Literária da FAMASUL (Palmares-PE)
(APONTAMENTOS BEM INDEVIDOS DEVASSAVEIS A ESCOMBROS ESCONSOS PORÉM ESTÉREIS)
Me entupo de utopia todo dia.
Tento ser o por vir antes de mim.
Chegar a estágios de compreensão
do que seja poesia absoluta.
Não compreensão do poema absoluto.
5.5
Baías se afogam no próprio estrato
musgos se engasgam com feldspatos
bombas bebem sais de nitrato
Antes do id, era a dor.
O não ser não mais é
depois do id.
Luiz Alberto Machado
Para começo de conversa, duas de antemão: uma sobre o autor; a outra, sobre a obra. Se parecer dois caminhos, não é nada, vice-versa, a mesma porta. Vamos lá.
Aos 600 mil irmãos matados.
Labaredas de candura
acantonadas na feiura pátria
êmbolos grangrenados
Como pompas de exéquias
é a palavra poética.
As circunstâncias
do cadáver do verbo não importam.