Há o sentimento poético.
Não há sentimento humano.
Do vaso evola-se leve e profundo
POESIABSOLUTA
Blog de Poesias e Prosas e outra coisas de Vital Corrêa de Araújo
Há o sentimento poético.
Não há sentimento humano.
Do vaso evola-se leve e profundo
“Vede o Tejo! Cascais!
A Torre de Belém que nos seduz!
Lezírias, laranjas,
“Morrer mais completamente ainda,
- Sem deixar sequer esse nome.”
Manuel Bandeira
Creio em geometrias moribundas
esculturas de sarças fumegando
ladainhas de urze sarracena
a Ectábana
ao paralaxe
e aos patíbulos de ouro
Vocábulo de touro e entranha
alado momento de ser noturno.
Ó águas elementares do norte
Rio banhando-se na óbvia e crua sombra
da folhagem
exuberantes matizes exibindo ao mundo
Porque escrever é à alma escura oferecer
fração de luz do amanhecer do corpo
aproprio-me do verbo criador para
Assim como Polifemo amava Odisseu.
E arriscou olho por Ninguém.
Videntes insanos para a poesia epifânicos.
O poema declina
de toda responsabilidade
com leitor casto, inocente, imediato