Faço poemas porque acredito em Deus
sei que Ele é inacessível
como o rosto da minha poesia
e não tem face nenhuma
Faço poemas porque acredito em Deus
sei que Ele é inacessível
como o rosto da minha poesia
e não tem face nenhuma
a Perse
Arde jasmim, foges de mim
porque uivam figueiras
urzes tornam-se cinzas surdas
De príncipes noite sonda insônia anual
espreita escombros azuis da pálpebra que descamba
sobre sono que não vela o olho.
Isso não é um romance, um romance meio que instantâneo e sem causalidade física, psíquica, emocional, porém com complexidade extensa e dotado de particularidades excelsas. Caracterizado por singularidade absoluta.
Arpa de abismos
solitários ventos dedilham.
A estrelas secretas do coração
Lastro espúrio, estalão desmoronando
como areia desenraizada
tolo ouro olho da quilha avara
Creio na artística quântica inexplorada. Na arte quântica da palavra e em sua indestrutibilidade mecânica. Poesia quântica meu campo. Ou alquímica.
Preciso (é) demolir
toda decoração
com que o sentimentalismo infame
Com base em fragmentos de um texto de 1915, procedo à reconstituição criativa abaixo.
Branco alvo da página miro
verbo preparo bem detido
poética pontaria apuro