A oeste do paraíso, está a náusea
vigem subterfúgios, salamaleques balançam
e relógios vomitam horas ímpias e dolosas
a oeste do paraíso no labirinto de abelhas
POESIABSOLUTA
Blog de Poesias e Prosas e outra coisas de Vital Corrêa de Araújo
A oeste do paraíso, está a náusea
vigem subterfúgios, salamaleques balançam
e relógios vomitam horas ímpias e dolosas
a oeste do paraíso no labirinto de abelhas
Amantes não são feitos de mármore
(frutos de entalhes e sacrifícios vitais)
não os cumulam anelos frágeis
Ela via muro saqueado de musgo
respiração do bolor, vândala
tibieza das coisas totalitárias (acerando o macio)
O que sobre do barro, sombra
a carradas leve paulatina em breve
em inefável caravana por senda escura para
Rumor contagiou de câmaras a tarde
declinada sobre os olhos do sono
a instigar íris mortíferas da noite.
Quem usurpou as orquestras
e embriagou caminhos?
Quem emudeceu as sementes
Debruçou-se a tarde sobre os ombros do poente
(os lassos músculos da noite já cintilavam)
e deliberou com lua pálida surda
(Como cera sustentando sonho de Icaro)
luz esquálida e total derramada
da bacia inerte do planeta
Com Neruda para quem coração é apenas um móvel
digo que a amo... e ela talvez me ame ou me amaria um pouco
que seja... algum dia... ou noite. Essa é minha esperança meu desespero.
Nobel ou ignóbil, ira é acadêmica, com aspereza.
Talvez francesa, brasileira com certeza.