A poesia independe de linguagem pública.
Vez que não é oficial. E ela vela o íntimo.
Do ser e do sendo.
A poesia independe de linguagem pública.
Vez que não é oficial. E ela vela o íntimo.
Do ser e do sendo.
Até que o tempo
martele as têmporas do poeta
e o arranque da página
Abandone, amiga, cara Mússia tão in-
trigada consigo mesma, abandone, dura
leitora, seguidora inaplicável, os escrú-
pulos cronológicos, as idades do simulacro
Estábulo e demiurgo, exegese de
pedra, corcel espumando entre cardumes
de rochas ancestrais, expressão e
expresso amalgamados e insubmissos,
Poeta é o que vai direto ao encontro da
amargura e povoa de coisas nobres mas
frias o ardente desencanto do leitor.
Escrevo para êxtase de toda vacuidade.
As grandes erosões não são superficiais.
São profundas como o arado descortinando a terra.
O ser, raramente dado sempre conquistado
aterra CIORAN, merece a honra de uma
maiúscula... não por sua máscula
À sombra de dezembros
quase não nasce ontem
a corda umbilical pendeu
A existência só possui legitimidade autêntica ou
valor se formos capazes de perceber, mesmo
nas dimensões do ínfimo, a presença do
Pois alma não pode faltar ao humano.
Perse revela-se e se esconde através
das declamações poéticas e situações