Onde o verde das distâncias invencidas?
E o azul longevo dos longes de mim?
Quando Paulo Mendes Campos vê laranjais
POESIABSOLUTA
Blog de Poesias e Prosas e outra coisas de Vital Corrêa de Araújo
Onde o verde das distâncias invencidas?
E o azul longevo dos longes de mim?
Quando Paulo Mendes Campos vê laranjais
Hoje os bárbaros destroçam a sala de jantar
mas cremam poesias, não poetas... ufa!
A poetas não incineram, castram, emasculam
Laboriosos círculos ourives crava
na pele lícita da joia engendrando grades de esmeralda
puros engates, cortes precisos engenhando.
Até que os ossos nus falem
e escórias é sábia
e a morte rural.
Celestes hordas trovejam
sobre coisas subliminares.
Crateras servem veneno doce da palavra.
Multidões consumidas
nas fábricas nos gabinetes
nas porteiras nas borboletas
Rubis incendeiam regaços
do dorso lampeja esmeralda
sais celestes luzes dos vitrais gotejam
Luas de lobo dos crescentes sábados
uivam das veias e covas de Caracas
grassam por tímpanos e sandálias
Que toda a náusea
e todo o repouso
dos olhos morram
Tardes dormem nas indomadas
veias dos amantes