Todo vazio é hiante.
Todo uivo viável.
Todo abismo vê.
Todo vazio é hiante.
Todo uivo viável.
Todo abismo vê.
(sou antiemocional por excelência, como poeta e ser).
Emoções são coisas passadas da alma
resíduos que não morreram
VCA
Está-se a descortinar a 6ª revolução tecnológica da era contemporânea da pequena história humana (cheia de vicissitudes, aventuras, desventuras e crises de dor).
Qual a cor do limbo?
O limbo é branco ou vermelho fogo
encarnado puro ou branco pálido?
Meu corpo mergulha profundamente
em árduos rios de glicose e palavras
está cravado meu corpo sobre o temor
Espáduas de cúbicas ondas
asas de ébria água
mochila de vento
O etéreo (e seu empório distante)
não se digna de inclinar-se a nós.
Pobres humanos, criaturas da penúria.
Poesia está em não dizer
no arredor do silencio
na placidez do bismuto
Enxame de verbo estaciona na página
ágeis óleos e alecrins de palavra
perpassam a lauda
Toda a sequidão do ser serve (a quem?).
O árido é furioso. Funesta face seca.
A crueza da luz. Não impede a sombra.