A imaginação literária em ato
o imaginário potencial do homem
atualizado em poema, realizando
POESIABSOLUTA
Blog de Poesias e Prosas e outra coisas de Vital Corrêa de Araújo
A imaginação literária em ato
o imaginário potencial do homem
atualizado em poema, realizando
No poema é possível erguer sólido e lento
edifício de nuvens (nuvens de lírios)
e empórios de ar, além de oceanos lascivos.
Da triste fila dos ciprestes
branco silêncio e bola
velho túmulo vital arrotando.
O nome nunca é das coisas.
O nome é o nome. Do nome.
Nem as coisas é... o nome.
O silêncio (se) consome
Como grito ou sombra
rói o gesto
Anuncio aos vivos ainda a verdade.
Já não nos saciam vãos copos de vinho
oferendas cruas, orações sonoras.
Insônias naufragaram e se redimiram
vígil pálpebra abandonou o sono
a si mesmo insano
Duendes não têm sono (e sentido)
nem navalhas nos olhos vândalos
ou lume na sonâmbula clavícula
Sei que meu nome não dura
uma geração de brilhos mortos.
Antes que tempo o dissolva
Há crises de cores e máculas de tinta
do cone dos tumultos gritos se advinham
do músculo dos ícones escapam preces