O silêncio (se) consome
Como grito ou sombra
rói o gesto
acaba a presença
gasta a si mesmo, gesta-
se e se severo some
em sua essência sem óbice
silêncio se consuma
como grito ancião cego
velho que maltrapilhe
haste do seu princípio que é ausência.
Véus surdos de pó vivem
(d)o vozerio do que é uivo e incenso.
Silêncio vige
como pélago no profundo
silêncio assoma
à pele da superfície (rumor da tona).






