Anuncio aos vivos ainda a verdade.
Já não nos saciam vãos copos de vinho
oferendas cruas, orações sonoras.
Os que ainda tenham corpo pensem nos ossos.
Honra e gozo são palavras ocas.
Outro sopro a vós será negado.
Regozijem-se rosas
relvas se amem
no trevo do calendário
preparem coroas frias para novos cadáveres
parcas pós-modernas em prontidão
corvos de plantão
e todos confiram
à severa dignidade do círio
na noite vetusta e intransponível inflamado
a última luz.






