“Vede o Tejo! Cascais!
A Torre de Belém que nos seduz!
Lezírias, laranjas,
Sintra! Arrábida! Queluz!
Moimentos de Alcobaça
E Óbidos e Odivelas
Padrões de eterna raça
Que andou nas caravelas.
Velas lusíadas em Varatojo
Sulcando os campos em voo plano:
Terra de pão, gentes de arroio
De D. Afonso e Africano.
São mantas de retalhos, coloridas,
Os campos que além vê o nosso olhar.
Sente-se a terra a germinar em vidas
E um cheiro e húmus entumecer o ar.
No azul, paradas, pairam as cegonhas
Espreitadas os ninhos no cunhal das casas:
E as giriquitas, como que risonhas,
No andar tão leve quase ganham asas.”
Extraídos de
“O ALMANAQUE DO PORTO” edição de 1949






