03
Seg, Nov

destaques
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Insônias naufragaram e se redimiram

vígil pálpebra abandonou o sono

a si mesmo insano

moléculas de vigílias sucumbiram

renasceram visões acesas

insônias se rebelaram

dorso noctívago revelou-se suave

à grave planície e ao torso da noite

onde se ceva.

Aplaca-me sôfrego deus, zomba da carne

apoda-me insone e sacro

suprema ânsia deflagra, arma-me

de tormentos e viris visões, tortura-me

de esperas desesperadas.

Que o mais pequenino grão de lua redija

em sua solidão a planície da alma

que frugal deserto alcandore o sono

de tempestades de muro

e dunas adormeçam o poema.

Lasciva seiva dá-me

em cálices resolutos

das taças eretas derrame-se a alma.

Extinga o sono à recôndita volúpia

à sede veemente, ao prazer sonâmbulo.

Murilo Gun

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